Dra. Flávia Dias Barbosa

Ter relação sexual sem proteção é algo que pode acontecer, e embora o ideal seja sempre usar preservativos para evitar doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e uma gravidez indesejada, muitas pessoas podem acabar se deparando com essa situação. Mas o que fazer agora? Neste artigo, abordarei as ações importantes para que você possa se proteger e saber como agir da melhor forma possível.

relação sexual sem proteção

1. Avalie o Momento e Fique Atenta aos Sinais Após a Relação Sexual Sem Proteção

Após uma relação desprotegida, é comum se sentir ansiosa ou preocupada, mas o primeiro passo é manter a calma. Nem todas as consequências de uma relação sem proteção são imediatas. Em muitos casos, doenças sexualmente transmissíveis podem não apresentar sintomas logo após a exposição, e algumas infecções só se manifestam semanas ou até meses depois. Por isso, é importante observar possíveis sinais no corpo, como alterações no corrimento vaginal, coceiras, dores ao urinar ou lesões na região genital, que podem indicar alguma infecção.

Além disso, no caso de preocupação com uma gravidez, é necessário entender o ciclo menstrual e verificar o momento do ciclo em que ocorreu a relação. Isso ajuda a determinar se há maior ou menor chance de gravidez. Para as que desejam uma resposta mais imediata, o uso da pílula do dia seguinte pode ser considerado, desde que orientado por um profissional de saúde.

2. Testes e Exames: Quando e Quais Realizar?

Se você teve uma relação sem proteção, a realização de exames é essencial para identificar ou descartar a presença de doenças. No entanto, os exames devem ser feitos no tempo certo para garantir a precisão dos resultados:

hiv teste

HIV e HTLV: Em geral, recomenda-se fazer o primeiro teste após 30 dias da relação sexual sem proteção, mas, dependendo do método, alguns exames podem detectar precocemente. A confirmação é recomendada em três meses para garantir um resultado mais preciso.

Hepatites B e C: O exame também pode ser realizado entre 30 e 60 dias após a exposição.

Sífilis: Pode ser detectada em exames de sangue de 15 a 30 dias após o contato, com confirmação em exames subsequentes.

swab clamídia

Clamídia e Gonorreia: Exames para essas bactérias podem ser realizados logo nos primeiros dias se houver sintomas, como dor ao urinar e corrimento incomum.

Herpes Genital e Tricomoníase: Em caso de sintomas como bolhas ou corrimento com odor, exames podem ser realizados mais rapidamente.

Os testes devem ser repetidos no tempo adequado, especialmente para infecções como HIV e sífilis, para confirmação dos resultados.

3. Profilaxia Pós-Exposição (PEP)

Em alguns casos, é possível realizar uma profilaxia pós-exposição (PEP), que consiste no uso de medicamentos antirretrovirais para reduzir o risco de contaminação por HIV após uma relação sexual sem proteção. A PEP deve ser iniciada até 72 horas após a relação e deve ser prescrita por um profissional de saúde. Além do HIV, a profilaxia também pode ser feita contra hepatite B, caso você não seja vacinada, com a aplicação da vacina e da imunoglobulina para oferecer proteção.

4. Converse com um Especialista

A relação desprotegida pode envolver diferentes riscos, e somente uma consulta com um especialista pode orientar da melhor forma as ações a serem tomadas. Cada caso é único e uma avaliação detalhada permite que você tenha clareza sobre quais exames realizar e em que momento, além de receber as orientações adequadas sobre métodos contraceptivos, prevenção de DSTs e cuidados com a saúde sexual.

Uma consulta pode ajudar a esclarecer dúvidas e oferecer segurança, além de dar início a um plano de acompanhamento caso alguma infecção seja detectada. Contar com um profissional que compreenda as nuances da saúde feminina e que tenha experiência nesse tipo de situação é essencial para ter o suporte necessário.

Como Posso Te Ajudar?

Sou a Dra. Flávia, ginecologista, obstetra e especialista em saúde da mulher, e estou aqui para ajudar você a cuidar da sua saúde íntima com responsabilidade e discrição. Com anos de experiência em ginecologia e tratamento de DSTs, realizo o diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pacientes que passaram por situações de exposição. Sei que momentos de incerteza podem causar ansiedade, e minha prioridade é oferecer orientações claras e suporte em cada etapa.

No meu consultório, você receberá uma avaliação completa e o encaminhamento necessário para exames e tratamentos. Além disso, faremos um planejamento de saúde para o futuro, incluindo orientações sobre métodos contraceptivos e prevenção de doenças para que você se sinta segura e protegida em todas as suas escolhas.

Para agendar uma consulta, entre em contato com o meu consultório. Vamos juntas cuidar da sua saúde com toda a atenção que você merece.

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Referências
https://www.gov.br/saude/
https://www.cdc.gov/
https://infectologia.org.br

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