Dra. Flávia Dias Barbosa

A saúde do útero é um aspecto fundamental da vida reprodutiva de muitas mulheres e questões como miomas, endometriose e outras condições uterinas podem impactar significativamente o bem-estar físico e emocional. Em alguns casos, tratamentos cirúrgicos, incluindo a histerectomia (remoção do útero), podem ser necessários para aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida.

Como posso te ajudar?

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Como ginecologista com ampla experiência no tratamento de miomatose uterina, tanto por abordagens clínicas quanto cirúrgicas, estou aqui para ajudar você a entender e a tratar essa condição de forma personalizada e segura. Além disso, trabalho no manejo clínico da endometriose, oferecendo estratégias que visam melhorar a qualidade de vida e o bem estar da paciente sem necessariamente recorrer a intervenções invasivas.

Se você busca orientação especializada para esses cuidados, estou à disposição para uma consulta. Agende seu atendimento e vamos, juntas, cuidar da sua saúde.

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CIRURGIA DO ÚTERO, HISTERECTOMIA

Cirurgia de Retirada do Útero (Histerectomia)

A histerectomia é uma cirurgia ginecológica que envolve a remoção do útero. É uma das cirurgias mais comuns entre mulheres e pode ser realizada por várias razões, incluindo miomas uterinos, endometriose, câncer, prolapso uterino e dor pélvica crônica. A decisão de realizar uma histerectomia é geralmente tomada após a falha de tratamentos clínicos menos invasivos.

Tipos de Histerectomia

        1.      Histerectomia Total: remove todo o útero, incluindo o colo do útero. Este é o tipo mais comum de histerectomia.
        2.      Histerectomia Subtotal (Parcial): remove apenas a parte superior do útero, mantendo o colo do útero intacto.
        3.      Histerectomia Radical: inclui a remoção do útero, do colo do útero, da parte superior da vagina e de alguns tecidos circundantes. Geralmente é realizada em casos de câncer.
        4.      Histerectomia com Salpingooforectomia Bilateral: remove o útero, as trompas e os ovários. Esta cirurgia é indicada em casos como cistos volumosos, câncer ou quando existe o risco significativo de doença ovariana.

Indicações da Histerectomia

A histerectomia é indicada quando outras opções de tratamento não foram eficazes ou não são adequadas. As principais indicações incluem:

        •       Miomas uterinos sintomáticos.
        •       Endometriose grave.
        •       Prolapso uterino.
        •       Sangramento uterino anormal.
        •       Câncer ginecológico (câncer do colo do útero, endométrio, ovário).
        •       Dor pélvica crônica causada por condições não tratáveis por métodos menos invasivos.

Miomatose Uterina

A miomatose uterina é caracterizada pela presença de miomas, que são tumores benignos originados do músculo liso do útero. Os miomas são bastante comuns, especialmente em mulheres em idade reprodutiva. Embora geralmente sejam benignos e assintomáticos, em alguns casos podem causar sintomas significativos.

MIOMAs, MIOMATOSE UTERINA

Tipos de Miomas

        1.      Miomas Subserosos: localizados na superfície externa do útero, crescendo em direção à cavidade pélvica. Podem pressionar órgãos adjacentes, como a bexiga ou o intestino.
        2.      Miomas Intramurais: desenvolvem-se na parede muscular do útero e são os mais comuns. Podem causar aumento do tamanho do útero e sintomas como sangramento menstrual intenso.
        3.      Miomas Submucosos: crescem sob o revestimento interno do útero (endométrio) e podem causar sangramento menstrual intenso e problemas de fertilidade.
        4.      Miomas Pediculados: crescem fora do útero ligados por uma haste. Eles podem causar dor se a haste se torcer ou se o mioma for pressionado contra outros órgãos.

Sintomas dos Miomas

Os sintomas variam dependendo do tamanho, número e localização dos miomas. Eles podem incluir:

        •       Sangramento menstrual intenso ou prolongado.
        •       Dor pélvica ou sensação de pressão.
        •       Inchaço abdominal.
        •       Aumento da frequência urinária ou dificuldade para urinar.
        •       Constipação.
        •       Dor durante a relação sexual.
        •       Problemas de fertilidade, como dificuldade para engravidar ou abortos recorrentes.

MIOMA, MIOMATOSE UTERINA

Diagnóstico

1. Exame Clínico
   – Durante um exame pélvico, o médico pode palpar um útero aumentado, nodular ou irregular, o que pode sugerir a presença de miomas.

2. Ultrassonografia Pélvica:
   – Ultrassonografia transvaginal ou pélvica é a ferramenta diagnóstica mais comum para avaliar miomas. É especialmente útil para identificar miomas submucosos e intramurais.
   – Ultrassonografia Abdominal pode ser usada para complementar a ultrassonografia transvaginal e avaliar miomas subserosos grandes.

3. Ressonância Magnética
   – A ressonância magnética é mais detalhada do que a ultrassonografia e pode ser utilizada para avaliar miomas complexos ou quando os sintomas são graves. Ela fornece imagens detalhadas do útero, ajudando a determinar o tamanho, a localização e o número de miomas.

4. Histeroscopia
   – A histeroscopia envolve a inserção de um histeroscópio (um pequeno dispositivo com uma câmera) através do colo do útero para visualizar o interior da cavidade uterina. É especialmente útil para avaliar miomas submucosos que se projetam para dentro da cavidade uterina.

Quando é Cirúrgico?

A intervenção cirúrgica é considerada quando:

        •       Há sintomas intensos, como sangramento menstrual excessivo, dor pélvica grave ou pressão sobre órgãos adjacentes.
        •       Os miomas estão interferindo na fertilidade ou estão relacionados a abortos recorrentes.
        •       Há suspeita de malignidade (muito raro).
        •       Há crescimento rápido do mioma.
        •       Tratamentos não cirúrgicos, como medicamentos ou procedimentos minimamente invasivos, não foram eficazes.

Causas dos Miomas

A causa exata dos miomas uterinos é desconhecida, mas alguns fatores podem aumentar o risco, incluindo:

        •       Genética: mulheres com histórico familiar de miomas têm maior probabilidade de desenvolvê-los.
        •       Hormônios: o estrogênio e a progesterona parecem promover o crescimento dos miomas.
        •       Fatores de Crescimento: algumas substâncias no corpo, como o fator de crescimento semelhante à insulina, podem afetar o crescimento dos miomas.
        •       Outros Fatores: menarca (1ª menstruação) precoce, obesidade, dieta rica em carnes vermelhas e baixa em vegetais, consumo excessivo de álcool e cafeína também podem estar associados a um risco maior de desenvolver miomas.

Fertilidade

Os miomas podem afetar a fertilidade de várias maneiras, dependendo de sua localização e tamanho:

        •       Miomas Submucosos: podem distorcer a cavidade uterina, dificultando a implantação do embrião.
        •       Miomas Intramurais: quando grandes, podem alterar a forma do útero e interferir na implantação ou no desenvolvimento do embrião.
        •       Miomas subserosos: Geralmente não afetam diretamente a fertilidade, mas se forem grandes, podem causar complicações na gravidez.

ENDOMETRIOSE, DOR PÉLVICA

Endometriose

A endometriose é uma condição crônica em que o tecido semelhante ao endométrio (que reveste o interior do útero) cresce fora do útero. Essa condição pode afetar os ovários, as trompas de falópio, o revestimento da pelve e outros órgãos pélvicos.

Tipos de Endometriose

        1.      Endometriose Peritoneal Superficial: o tipo mais comum, envolve a presença de tecido endometrial na superfície do peritônio (revestimento da cavidade pélvica).
        2.      Endometriose Ovariana (Endometriomas): forma cistos nos ovários, conhecidos como endometriomas ou “cistos de chocolate”.
        3.      Endometriose Profunda: o tecido endometrial cresce profundamente nos órgãos pélvicos, incluindo intestino, bexiga, e paredes pélvicas. Pode causar sintomas mais intensos e complicações, como aderências e distorção da anatomia pélvica.

CÓLICA MENSTRUAL, ENDOMETRIOSE

Sintomas da Endometriose

Os sintomas variam, mas podem incluir:

        •       Dor pélvica crônica.
        •       Dor durante a menstruação.
        •       Dor durante a relação sexual.
        •       Sangramento menstrual intenso ou irregular.
        •       Infertilidade.
        •       Sintomas intestinais ou urinários durante a menstruação, como dor e sangramento ao evacuar ou urinar.

Causas da Endometriose

A causa exata da endometriose não é conhecida, mas várias teorias têm sido propostas:

        •       Menstruação Retrógrada: o fluxo menstrual retorna pelas trompas, levando células endometriais para fora do útero.
        •       Transformação Celular: células do peritônio se transformam em células semelhantes ao endométrio.
        •       Fatores Genéticos: a endometriose pode ter um componente hereditário.
        •       Fatores Imunológicos: problemas no sistema imunológico podem impedir a eliminação do tecido endometrial fora do útero.
        •       Disseminação Linfática ou Sanguínea: as células endometriais podem ser transportadas para outras partes do corpo através dos vasos sanguíneos ou linfáticos.

ca 125, ENDOMETRIOSE

Como é feito o diagnóstico?

1. Histórico Clínico e Exame Físico
   – O médico coletará um histórico detalhado dos sintomas, incluindo dor pélvica, cólica menstrual, dor durante a relação sexual e problemas urinários e intestinais.
   – Durante o exame pélvico, o médico pode identificar sinais de endometriose, como áreas de sensibilidade, nódulos ou aderências.

2. Ultrassonografia Pélvica com Preparo Intestinal
   – A ultrassonografia transvaginal é útil para identificar endometriomas (endometriose do ovário) e para detectar lesões menores ou endometriose superficial.

3. Ressonância Magnética (RM)
   – A RM é mais sensível do que a ultrassonografia na identificação da endometriose, especialmente a endometriose profunda infiltrativa. Ela pode ajudar a mapear a extensão da doença, particularmente em áreas como o intestino e a bexiga.

4. Laparoscopia Diagnóstica
   – A laparoscopia é considerada o padrão-ouro para o diagnóstico definitivo da endometriose. Durante este procedimento cirúrgico minimamente invasivo, o cirurgião insere um laparoscópio (um tubo fino com uma câmera) através de uma pequena incisão no abdômen para visualizar diretamente a cavidade pélvica.
   – A laparoscopia permite a identificação e a biópsia de lesões de endometriose. Além disso, permite o tratamento simultâneo da doença (remoção das lesões).

5. Marcadores Sanguíneos
   – Embora não sejam específicos ou sensíveis o suficiente para o diagnóstico, marcadores como o CA-125 podem ser elevados em mulheres com endometriose avançada. No entanto, esse exame não é usado isoladamente para diagnóstico.

Quando a Endometriose é Cirúrgica?

A cirurgia é considerada nos seguintes casos:

        •       Dor intensa que não responde a tratamentos medicamentosos.
        •       Cistos ovarianos (endometriomas) grandes que causam sintomas ou complicações.
        •       Infertilidade associada à endometriose, especialmente em casos de aderências ou obstrução das trompas.
        •       Suspeita de endometriose profunda infiltrativa que pode afetar a função de órgãos adjacentes, como intestino ou bexiga.

Relação com Infertilidade

A endometriose está associada à infertilidade em 30-50% das mulheres que a têm. Pode afetar a fertilidade de várias maneiras:

        •       Aderências Pélvicas: a endometriose pode causar aderências que distorcem a anatomia pélvica, afetando a função das trompas e dos ovários.
        •       Inflamação: a endometriose pode causar inflamação na pelve, prejudicando a qualidade dos óvulos, a fertilização e a implantação do embrião.
        •       Endometriomas: cistos ovarianos causados pela endometriose podem prejudicar a função ovariana e a reserva de óvulos.

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