Dra. Flávia Dias Barbosa

A saúde íntima feminina é uma questão complexa que envolve vários aspectos. A síndrome do ovário policístico (SOP), os cistos ovarianos, a bartholinite e o HPV (papilomavírus humano) são condições que podem afetar a qualidade de vida da mulher, embora cada uma dessas condições tenha suas características e sintomas específicos, é importante entender como elas podem se manifestar e interferir na saúde reprodutiva e no bem estar feminino.

Quem sou eu?

Dra.Flávia

Eu sou a Dra. Flávia, médica ginecologista com mais de uma década de experiência cuidando da saúde feminina. Sou especialista em ovário policístico, cistos ovarianos, bartholinite e HPV, oferecendo um atendimento humanizado, baseado em ciência e direcionado às necessidades de cada paciente. Meu objetivo é não apenas tratar, mas também educar e empoderar as mulheres para que compreendam e cuidem melhor da sua saúde. Se você busca uma médica comprometida com resultados e qualidade de vida, pode contar comigo!

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Ovário Policístico (SOP): O que é e quais são os sintomas?

ovário policístico

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma condição hormonal que afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva. A SOP se caracteriza pela presença de múltiplos pequenos cistos nos ovários, além de um desequilíbrio hormonal que leva a um aumento da produção de andrógenos (hormônios masculinos). Esse desequilíbrio pode causar uma série de sintomas, incluindo:

        •       Irregularidade menstrual: ciclos menstruais irregulares ou ausentes são um dos principais sinais da SOP. Muitas mulheres com a síndrome têm dificuldade para menstruar regularmente.
        •       Excesso de pêlos corporais: o aumento nos níveis de andrógenos pode levar a um crescimento excessivo de pêlos no rosto, peito e abdômen.
        •       Acne: o desequilíbrio hormonal também pode causar problemas de pele, como acne persistente.
        •       Ganho de peso: Muitas mulheres com SOP tendem a ganhar peso, especialmente na região abdominal, o que também aumenta o risco de problemas como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
        •       Infertilidade: a SOP pode interferir na ovulação, dificultando a gravidez.

Apesar de a SOP ser uma condição crônica, os sintomas podem ser controlados com mudanças no estilo de vida, como dieta e exercícios físicos.

CISTO DE OVÁRIO

Cistos Ovarianos: Diferente da SOP?

Embora a SOP seja caracterizada por múltiplos pequenos cistos nos ovários, cistos ovarianos podem aparecer de forma isolada e são bastante comuns entre mulheres em idade fértil. A maioria dos cistos é benigna e desaparece sozinha ao longo do tempo. No entanto, alguns cistos podem crescer e causar desconforto.

Os cistos ovarianos se formam quando há um desequilíbrio na ovulação. Durante o ciclo menstrual, um óvulo é liberado de um folículo no ovário, mas, em alguns casos, esse folículo não se rompe, formando um cisto. Existem dois tipos principais de cistos:

        •       Cistos funcionais: estão relacionados ao ciclo menstrual e geralmente desaparecem sozinhos após alguns meses. Eles são inofensivos e raramente causam sintomas.
        •       Cistos complexos: são menos comuns e podem precisar de acompanhamento médico, pois, em alguns casos, podem causar dor pélvica, sangramentos irregulares ou até complicações, como a torção ovariana.

Embora a presença de cistos seja algo relativamente comum, é importante estar atenta a sintomas como dor pélvica intensa, inchaço abdominal ou sangramento anormal. Se esses sinais forem observados, é essencial procurar um ginecologista para avaliar a situação.

Bartholinite: O que é e como ocorre?

bartholinite

A bartholinite é uma condição que afeta as glândulas de Bartholin, localizadas nas laterais da entrada da vagina. Essas glândulas são responsáveis por produzir um fluido que ajuda a lubrificar a região vaginal. Quando os ductos dessas glândulas ficam bloqueados, o fluido se acumula, formando um cisto que pode ser infectado, resultando na bartholinite.

A etiologia bacteriana é frequentemente associada a agentes patogênicos como Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Streptococcus spp., além de bactérias sexualmente transmissíveis como Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis.

O diagnóstico da bartholinite é primariamente clínico, baseado no exame físico. Os principais sintomas da bartholinite incluem:

        •       Inchaço doloroso em um dos lados da vulva
        •       Dor ao sentar ou ao caminhar
        •       Em casos de infecção, pode haver febre e o local pode apresentar vermelhidão e calor.

A bartholinite pode ser tratada com medidas simples, como banhos de assento com água morna, que ajudam a drenar o cisto ou pode ser necessário o médico drenar e prescrever antibióticos, se houver uma infecção. Em casos recorrentes ou quando o tratamento conservador falha, a remoção cirúrgica das glândulas de Bartholin pode ser considerada.

Como posso te ajudar?

Sou ginecologista especialista em ajudar mulheres com bartholinite, ovário policístico e cistos ovarianos. Meu objetivo é oferecer um tratamento completo, que pode ser tanto clínico quanto cirúrgico, de acordo com as necessidades de cada paciente. A bartholinite, por exemplo, pode exigir uma abordagem cuidadosa para aliviar a dor e a inflamação, enquanto o tratamento do ovário policístico e dos cistos ovarianos pode envolver desde o uso de medicamentos até a intervenção cirúrgica em casos específicos. Cada paciente é única e meu compromisso é encontrar a solução que mais se adeque à sua saúde e bem-estar.

Se você está enfrentando algum desses problemas ou quer esclarecer suas dúvidas, agende uma consulta para que possamos discutir o melhor tratamento para o seu caso.

HPV E CÂNCER DE COLO

HPV: Prevenção e Consequências

O HPV (papilomavírus humano) é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns e pode afetar tanto homens quanto mulheres. Existem mais de 200 subtipos de HPV, sendo que alguns tipos podem causar verrugas genitais e outros estão associados ao desenvolvimento de câncer do colo do útero, entre outros tipos de câncer.

A maioria das infecções por HPV é assintomática e desaparece sozinha, sem causar problemas. No entanto, quando o sistema imunológico não consegue eliminar o vírus, ele pode provocar alterações nas células do colo do útero, que, se não tratadas, podem evoluir para câncer ao longo dos anos.

A prevenção é a melhor maneira de combater o HPV. Isso pode ser feito através de:

VACINA HPV
  • Vacinação contra HPV

A vacina contra o Papilomavírus Humano (HPV) é uma medida preventiva desenvolvida para proteger contra infecções pelos tipos mais comuns de HPV, que são responsáveis por causar várias doenças, incluindo verrugas genitais e diversos tipos de câncer, como o câncer do colo do útero, câncer anal, e câncer de orofaringe.

As vacinas mais amplamente utilizadas são a quadrivalente (protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV) e nonavalente (oferece proteção adicional contra cinco subtipos de HPV de alto risco, ampliando a proteção contra o câncer). Os tipos 6 e 11 estão associados à maioria das verrugas genitais, enquanto os tipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.

Como a Vacina Funciona?

A vacina contra o HPV é produzida a partir de partículas semelhantes ao vírus (VLPs), que não contêm material genético viral, tornando-a incapaz de causar infecção. A exposição do sistema imunológico a essas partículas estimula a produção de anticorpos, proporcionando proteção contra futuras infecções por HPV. Essa resposta imunológica é capaz de prevenir a infecção antes do contato com o vírus, sendo, portanto, uma medida profilática e não terapêutica.

VACINA HPV
Quem Deve Receber a Vacina?

Recomenda-se a vacinação contra o HPV para pré-adolescentes e adolescentes, preferencialmente antes do início da vida sexual, quando a exposição ao HPV é improvável.

A faixa etária alvo geralmente é de 9 a 14 anos, e a vacinação é eficaz tanto para meninas quanto para meninos. A imunização precoce é crucial, pois a eficácia da vacina é máxima quando administrada antes da exposição ao vírus. No entanto, a vacina também pode ser administrada em jovens e adultos que não foram previamente vacinados, normalmente até os 26 anos. Em alguns casos, pode ser indicada em adultos até 45 anos, após avaliação do risco individual.

Esquema vacinal

O esquema de vacinação varia de acordo com a idade. Para indivíduos entre 9 e 14 anos, são recomendadas duas doses com um intervalo de 6 a 12 meses entre elas. Para aqueles com 15 anos ou mais, ou indivíduos imunocomprometidos, recomenda-se um esquema de três doses (0, 2 e 6 meses). A administração é feita por via intramuscular.

Eficácia e Segurança

Em países com alta cobertura vacinal, observou-se uma redução significativa na incidência de verrugas genitais e lesões cervicais pré-cancerosas. A vacina é considerada segura, com efeitos colaterais leves e temporários, como dor no local da injeção, febre baixa e dor de cabeça. Reações adversas graves são extremamente raras.

Importância da Vacinação e Continuidade do Rastreamento

Apesar da eficácia da vacina, ela não protege contra todos os tipos de HPV de alto risco. Portanto, a vacinação não substitui a necessidade de rastreamento regular, como o exame Papanicolau, que continua sendo uma ferramenta crucial na detecção precoce de alterações celulares no colo do útero.

CAMISINHA, PRESERVATIVO, CONDOM

        •       Uso de preservativos: Embora não ofereçam proteção total contra o HPV, os preservativos reduzem o risco de transmissão.

PREVENTIVO, PAPANICOLAU

        •       Exame Papanicolau: esse exame preventivo ajuda a detectar alterações nas células do colo do útero antes que elas se tornem cancerosas. É uma ferramenta crucial para a saúde reprodutiva feminina.

Mulheres que têm o vírus do HPV devem fazer acompanhamento regular com o ginecologista, que pode monitorar a saúde do colo do útero e solicitar exames adicionais, como a colposcopia, se necessário.

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